A educação inclusiva é uma prática indicada  em diversas declarações internacionais, leis nacionais e políticas de educação e tem possibilitado, cada vez mais, que estudantes com e sem deficiência percorram sua trajetória escolar lado a lado, na mesma sala de aula. 

O respeito à diversidade é um dos princípios que sustenta o Projeto Pedagógico do Meu Castelinho, por isso a escola promove a inclusão de crianças com diferentes deficiências, síndromes e espectros, por acreditar que esse princípio oferece ricas oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento para elas, e também para seus colegas e professores.

A orientação educacional da escola, formada por especialistas nas áreas da psicologia, fonoaudiologia e psicomotricidade auxilia os educadores nesse percurso, e trabalha em parceria com os terapeutas que atendem as crianças de forma multidisciplinar, para ampliar as oportunidades individuais e, ao mesmo tempo, promover a interação e participação delas nas propostas curriculares. 

Pesquisas e estudos vêm comprovando que a educação inclusiva pode fornecer uma série de benefícios acadêmicos e sociais para alunos com deficiência, como melhor desempenho em linguagem e matemática, taxas mais elevadas do número de conclusão do ensino médio e relações mais positivas com alunos sem deficiência. 

Um estudo recente realizado pelo Instituto Alana e a ABT Associates, sob coordenação do Dr. Thomas Hehir, professor da Harvard Graduate School of Education, revela que, na maioria dos casos, estudar em ambientes que valorizam a diversidade promove efeitos benéficos também em pessoas sem deficiência.

Uma revisão da literatura apresentada neste estudo indica que pessoas sem deficiência que estudam em salas de aula inclusivas têm opiniões menos preconceituosas e são mais receptivas às diferenças, e descreve cinco benefícios da inclusão para alunos sem deficiência: 

• Redução do medo das diferenças humanas, acompanhada por um maior conforto e consciência (menos medo de pessoas com aparência ou comportamento diferentes); 
• Crescimento da cognição social (aumento da receptividade aos outros, comunicação mais eficaz com todos os colegas); 
• Melhorias no autoconceito (aumento da autoestima, do status percebido e da sensação de pertencimento);
• Desenvolvimento de princípios morais e éticos pessoais (menos preconceito, maior capacidade de responder às necessidades dos outros);
• Amizades carinhosas (Staub & Peck, 1995) e mudanças de atitude, previstas pela Hipótese do Contato (Contact Hypothesis), um termo que se refere à redução de hostilidade, preconceito e discriminação entre grupos (Allport, 1979).

Este estudo também mostra que a inclusão de alunos com deficiência pode promover melhorias nas práticas de ensino da escola, pois professores que desenvolvem uma atitude positiva em relação à inclusão são mais propensos a acolher a diversidade de forma geral, o que é bastante positivo, adaptando seus métodos de trabalho para beneficiar todos os alunos.

Conheça o estudo realizado pelo Instituto Alana e a ABT Associates, sob coordenação do Dr. Thomas Hehir, professor da Harvard Graduate School of Education

https://alana.org.br/wp-content/uploads/2016/11/Os_Beneficios_da_Ed_Inclusiva_final.pdf